en-Adesão à vacinação por gestantes no contexto de pandemias: revisão integrativa

09/12/2023

Qual é a adesão à vacinação por gestantes em contexto de pandemia?

Texto elaborado por: Naiara Ashaia. Revisão: Michelle Malkiewiez e Catiele Raquel Schmidt 

Destaques

  • Questões que envolvem a adesão à vacinação por gestantes durante os períodos de pandemia. 

  • Identificou-se obstáculos:  desconfiança em relação às vacinas, alimentada por informações muitas vezes equivocadas; percepção de que não estavam sob risco de adoecimento grave, entre outros.

  • Facilitadores para adesão à vacina: desejo primordial de proteger o bebê; recomendação e orientação sólida por parte dos profissionais de saúde durante o pré-natal.


Em um mundo onde as doenças podem se tornar crises globais em questão de semanas, o termo "pandemia" passou a fazer parte do vocabulário da população. Assim, tópicos como a adesão à vacinação por gestantes ganhou relevância ainda maior.

Uma doença é classificada como pandemia quando ultrapassa as fronteiras nacionais, infiltrando-se em diversos países e continentes e afetando uma grande quantidade de pessoas. Nos últimos anos, o mundo testemunhou duas pandemias declaradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS): a H1N1 em 2009 e a COVID-19 em 2020.

Diante desse contexto complexo, um estudo de revisão integrativa buscou sobre as dinâmicas que envolvem a adesão à vacinação por gestantes durante os períodos de pandemia.

O método

A abordagem escolhida para analisar a adesão à vacinação por gestantes foi uma revisão de literatura do tipo integrativa. Essa técnica permite a descrição de um amplo espectro de estudos para construir um quadro abrangente do estado atual do conhecimento.

O conjunto de resultados obtidos, provenientes de diversas fontes foi organizado e analisado. A análise dos estudos incluídos na amostra, composta por um total de 27 trabalhos, foi realizada com atenção às frequências e semelhanças entre eles. Dessa análise emergiram insights sobre os fatores que moldam a tomada de decisão das gestantes em relação à vacinação em tempos pandêmicos.

Por que analisar a adesão à vacinação por gestantes?

O objetivo desta pesquisa foi analisar minuciosamente as publicações tanto nacionais quanto internacionais que tratam da adesão à vacinação por gestantes em meio a situações pandêmicas.

Os resultados revelaram uma gama complexa de influências que moldam a adesão à vacinação por gestantes. Entre os principais obstáculos identificados estão a desconfiança em relação às vacinas, alimentada por informações muitas vezes equivocadas; preocupações sobre a segurança da vacinação durante a gravidez e para a saúde do feto; falta de informações adequadas que esclareçam os benefícios da vacinação nesse contexto; e a percepção de que não estavam sob risco de adoecimento grave.

No entanto, também se destacam fatores que contribuem para uma adesão mais robusta às campanhas de imunização. O desejo primordial de proteger o bebê, aliado ao conhecimento aprofundado sobre a pandemia e a compreensão do risco de infecção, surgiu como forças impulsionadoras. A recomendação e orientação sólida por parte dos profissionais de saúde durante o pré-natal também desempenharam um papel crucial na decisão das gestantes.

Conclusões

As conclusões da análise sobre a adesão à vacinação por gestantes apontam para a necessidade de se considerar as variáveis nas estratégias de imunização desse grupo, especialmente quando novas vacinas entram em cena em meio a cenários pandêmicos.

Os benefícios potenciais de investir em abordagens que reforcem a conscientização e o entendimento da importância da imunização na gravidez são imensos. Além de proteger a saúde das gestantes, tais medidas podem proteger os bebês de agravos evitáveis, lançando um escudo protetor sobre as duas vidas que se entrelaçam nesse período tão importante.


Texto do blog elaborado com base no seguinte artigo: Vasconcelos PP, Lacerda ACT, Pontes CM, Guedes TG, Leal LP, Oliveira SC. Adesão de gestantes à vacinação no contexto de pandemias: revisão integrativa. Texto Contexto Enferm. 2023; 32: e20220117. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2022-0117pt

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